Eram sete, no dia seguinte eram mais um, mais a tarde mais dois. A noite ela analisava indecisamente as cartelas no banheiro, fármacos misturados… Seu estômago ardia em chamas já se passara vinte e quatro horas e os efeitos persistiam. E se libertasse ali naquele cômodo? Deixaria as crises da existência, deixaria os sonhos, e a impotência de não realiza-los, tudo colaborava para ser um fim “monumental” era frio, Continuar lendo
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Ode a dor querida
O céu se abre e começa mostrar a imensa cortina azul
Não deveria estar feliz querida?
Sabe que o tempo inquieto e cinzento faz de mim criatura mais sóbria
Sabe que as gotinhas simultâneas de chuva fazem de mim orquestra que sonha
Tu sabes, tu sabes
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“Amigo”
Oi,
Parabéns amigo, é o que eu posso dizer com o sobressalto que me deste hoje, não pude suportar ficar quieta quando descobri esse ladinho seu sarcástico confesso que fui perfeitamente pega de surpresa, sim, é justo que deves buscar novos ares mas acho que você soube exatamente como deixar um coração em chamas, estava tudo tão poético até o cheiro de café preso na cozinha causava em mim uma leve inspiração para continuar seguindo a vida, Continuar lendo
O último império
Ela estava deitada no sofá quando percebeu que seu império desmoronava lá fora, abriu a janela de vidro translúcido da sala, já era noite havia cruzinhas brilhantes que anunciavam isso, viu pela janela quando o grande impacto tomava o seu céu amarelado, havia modéstias de engano misturadas a dor dissimulada, há algum tempo a lua lhe deu um pedaço de si e esse pedaço a fez sonhar de alguma forma, os fragmentos a alimentavam dia após dia como sonda, e quando já sonhara o bastante para perceber que estava sendo ludibriada então lhe arrancou os pedacinhos que ainda lhe restavam nas mãos. Continuar lendo