A primeira vez que me vi enrubesci
Na quietude da caixa escondida no meu lado esquerdo
Quando me vi pensei em me dissecar
Quis remarcar minha existência, me fiz pó
Quando me vi já era assim despedaçada
Eu mesma me usurpei, me fiz o que não era de mim
Me plantei na insignificância, cresci, floresci
Quando me vi já era assim com frutos sem sabores
Era lúdica, sem dinâmica sem idiomas e gestos
Era tudo intrinsecamente nada externamente
Era poemas exalados em cada batidas tétricas do coração
Era rabisco ignoto em plateias toscas e inflexíveis
Era menina perdida na simetria da poesia
Quando me vi era assim Perdida nas quatro fases:
Nova
Crescente
Cheia
Minguante
Estagnada na ápice da fase quatro